
O objetivo do trabalho foi o desenvolvimento de um sistema construtivo pré fabricado para edifícios habitacionais no contexto urbano. Esse sistema deveria solucionar com igual eficiência as construções das mais diversas, tais como a reurbanização de toda uma vila, as chamadas ''favelas'' ou qualquer conjunto habitacional localizado nos grandes centros urbanos de São Paulo que a carência neste tipo de edificação é evidente.
As empresas de pré fabricados não se limitaram. Estão desenvolvendo desenhos flexíveis para que um maior número de edificações possa ser feitas a partir deles. Essa ampliação de opções justifica sua industrialização com vistas à racionalização da obra, assim como outros critérios como economia, rapidez e qualidade final do produto.
Para que um sistema construtivo de conjuntos residenciais seja flexível, ele deve adaptar se a diferentes situações de uso do terreno, como topografia e insolação, além de contemplar situações urbanas diversas quanto à densidade e verticalização desejadas em cada área. Certa flexibilidade interna também é recomendável, de modo a permitir que o prédio suporte múltiplos tipos de uso habitacional ou, até mesmo, outro uso.
Minimizar desperdícios e a economia dos meios são algumas vantagens dentre outras tantas para os sistemas pré fabricados estruturais diante dos meios convencionais. O atendimento das grandes necessidades brasileiras por moradias e infra estruturas só será contemplado por uma indústria da construção comprometida com esta tecnologia.
Vale ressaltar também a flexibilidade da área para receber componentes pré fabricados, pois a necessidade de transportes especial limitaria a aplicação e aumentaria o custo da implantação, principalmente em conjuntos menores.
O projeto:
O tema é extremamente adequado para a utilização de pré fabricados, pois se trata de um projeto construtivo onde a repetição é um fator importante na viabilidade e rentabilidade da obra.
Essa proposta buscou uma arquitetura que estimulasse o convívio social, valorizasse a rua, a multiplicidade de funções, que celebrasse o cotidiano. A proposta conjuga áreas de habitação, lazer, e áreas de uso social.
Foi efetuada uma pesquisa previa, a respeito da carência de habitação popular na bairro da Vila Mariana. Assim, analisando a área e fazendo um estudo de caso, almejamos um melhor aproveitamento da área já que no Plano diretor do município de são Paulo, a área foi classificada como ZEIS- Zona Especial de Interesse Social.
Os edifícios, por sua vez, garantem o adensamento. O projeto parte do principio estudado na carta de Atenas, com os prédios habitacionais dispostos longutidunalmente a quadra, liberando o miolo de quadra para diversos usos. Também foi explorado o uso de vegetações diversas com finalidades específicas, como para produzirem sombreamento, espaços de convivência entre os edifícios, e palmeiras, para criar cenários.
Com relação as plantas baixas,cada apartamento apresenta uma metragem de 56,25 m² (7,5 x 7,5) o objetivo foi criar juntamente com o apartamento vizinho, um núcleo hidrosanitario para que a parte hidráulica seja favorável. A planta dispõe de quarto, cozinha, banheiro, sala e varanda com um guarda corpo feita em perfil metálico padronizado, o painel arquitetônico periféricas são alternadas por pinturas de cores distintas, proporcionando uma diferenciação entre os volumes das edificações no volume em balanço, criando uma volumetria. A caixilharia de alumínio é instalada nos painéis arquitetônicos, e a porta de correr com trilho, são instalados na laje.
Houve preocupação na ventilação cruzada, o que foi solucionada com amplas janelas localizadas abaixo no nível da viga, com saídas em ambas os lados dos apartamentos.
As paredes internas são pré fabricadas, uma método de paredes duplas que facilita nas instalações hidráulicas e elétricas.


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